sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O trem da vida

Viajando no trem da vida...

Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que, julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais.
Infelizmente, isto não é verdade. Em alguma estação, eles descerão e nos deixarão órfãos do seu carinho, amizade e companhia insubstituíveis, mas isto não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser super especiais para nós, embarquem: nossos irmãos, amigos e

companheiros inesquecíveis

Muitas pessoas tomam o trem, apenas, a passeio. Outros encontrarão nessa viagem, somente, tristezas. 

Outros, ainda, circularão pelo trem, sempre prontos a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas. Outras tantas passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu assento, ninguém sequer o percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos e somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante a viagem, atravessemos, com grande dificuldade, o nosso vagão, a fim de chegarmos até eles... só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já haverá alguém ocupando aquele lugar.

E assim é a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas... Porém, jamais, retornos. 

Façamos, pois, essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, os que tiverem de melhor, lembrando sempre, que em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isto, porque nós, também, fraquejamos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.

O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos os nossos companheiros de viagem, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.

Eu fico pensando se, quando descer desse trem, sentirei saudades... Acredito que sim. Separar-me de alguns amigos que fiz nessa viagem, será, no mínimo, dolorido, como deixar meus filhos, fazendo a viagem sozinho.

Isto, com certeza, será muito triste, mas, me agarro a esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram... e o que vai me deixar feliz será verificar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.

Amigos, façamos com que a nossa estada, nesse trem da vida, seja tranqüila, que tenha valido a pena e que, quando chegar a hora de desembarcamos, o nosso vazio deixe saudades e boas recordações para todos aqueles que prosseguirem a viagem...

Texto de Silvana Duboc

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Este texto foi refletido com os catequisandos de Crisma no encerramento da catequese. 
 Muitos estavam descontentes ao saber da decisão do padre em planejar uma nova situação para o ano seguinte com outras catequistas e também outros amigos   de turma. 
Um ano juntos fez com que  adquiríssimos um vínculo de amizade e cumplicidade muito forte. Isto é comum acontecer não só com colegas da mesma turma de catequese assim como também com colegas de escolas e quaisquer outros grupos.
 O texto teve o objetivo de mostrar a eles que a vida é como se fosse uma grande viagem.  Nem sempre é possivel permanecer "acomodados" no mesmo quintal. Ou no mesmo trem. Alguns permanecem, outros devem ir. A viagem é cheia de surpresas agradáveis, mas também de imprevistos e tristezas. 
Alguns retornam, outros não. O importante é aproveitar bem cada momento ao lado das pessoas que nos cercam, vivenciar juntos boas experiências.
 Mesmo que alguns se vão ou eu mesma precise ir, que deixemos boas recordações e que estejamos preparados e abertos a novas experiências de vida. Interprete tudo como uma nova oportunidade de crescimento!



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