quarta-feira, 25 de julho de 2012

"Cego é aquele que não quer ver"



Há exatamente dezoito dias a TV nos mostrava cenas de violência praticadas contra uma idosa de 77 anos num asilo em BH. O caso foi amplamente divulgado, dada a covardia dos agressores contra a fragilidade da senhora indefesa. Estando internada em um asilo, subentende-se que receba ali todos os cuidados e esteja protegida de maus tratos e agressões. Mas, infelizmente os agressores eram os próprios funcionários da instituição.

Hoje novamente uma das primeiras notícias que o noticiário na TV mostrou ao público, veio a trazer indignação diante do ocorrido.

A manchete chamava a atenção: “Ladrão pede água e espanca idoso de 88 anos”.

Tudo gravado pelo circuito de segurança , as imagens foram entegues pela família à família e serão usadas na identificação dos suspeitos.
As cenas mostram o aposentado varrendo a rua em frente à casa, por volta da 7h da manhã. Em seguida , um rapaz é visto se aproximando de bicicleta e entra na residência. Um segundo suspeito fica do lado de fora e dá cobertura ao cúmplice. Ao notarem a aproximação de um carro, os dois fogem do local.
O idoso foi covardemente espancado. A filha encontrou-o sozinho, caído no chão da casa com marcas de agressão por todo o rosto, hemorragia e coágulo na cabeça.
Ficou 2 dias internado e até agora não entende o porquê da agressão, visto que na idade em que se encontra , de forma alguma seria páreo para os bandidos. Depois das agressões, o ladrão levou os aparelhos eletrônicos da casa e aparelho celular.


A violência contra idosos não é um fenômeno novo. Mas ultimamente a impressão que se tem é de que as denúncias de maus tratos contra idosos tem aumentado.
Talvez as pessoas estejam denunciando mais ou houve um aumento de maus tratos?
Não sei dizer, o fato é que o estatuto do idoso não tem cumprido seu papel de proteção e defesa em favor dos idosos. A impunidade favorece os oportunistas.
Por serem frágeis e vulneráveis, os idosos tornam-se alvo fácil da violência muitas vezes até dentro da própria família.
Estamos atravessando uma época de tempos difíceis. As pessoas estão desprovidas de sensibidade, amor e respeito à vida. Desprovidas de compaixão pelo próximo.
Essa busca desenfreada pelo prazer fácil, pela aquisição exagerada de bens, a busca pelo poder acaba gerando o individualismo. É cada um prá si e que vença o mais forte. A compaixão tão presente na vida e nos ensinamentos de Jesus deixou de ser praticada.
Busca-se uma felicidade ilusória. À medida que vão conseguindo as coisas tão sonhadas, percebe-se que a tão sonhada felicidade não acontece. Tudo cai no vazio e passa-se a desejar sempre mais.
Prega-se muito o evangelho, mas a prática é ignorada. O coração enrijecido de muitos não permite que a Palavra encontre eco nos corações e ali produza frutos.
“Cego é aquele que não quer ver”, disse Jesus. Ouve-se falar de Deus e sua bondade, mas ignora-o pois para seguir a Deus é preciso renúncia. E resistir aos apelos do mundo de hoje não é fácil.
Ouvem, mas não vêem que a Salvação está em Deus que nos fez a promessa de que “aquele que nele crer será salvo”
São tempos difíceis, em que a humanidade corre para o abismo e não percebe que “larga é a porta que leva à perdição.

 

“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais discernir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.” Rm 12, 2                                   




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